Teria Nietzsche reconhecido no homem uma natureza essencialmente reativa, como quer Gilles Deleuze? Se aceitarmos que sim, teremos compreendido a gênese freudiana do eu (Ich) - herdeiro de Narciso e de Édipo - como uma leitura genial dessa natureza. Na origem, Narciso afirma-se com a radicalidade do dizer-sim nietzscheano - o Ja-sagen. Todavia, sobrevém a primeira identificaçao (pré-edípica): a negação imiscui-se. Teríamos, pois, lançado uma interpretação nietzscheana a um problema crucial de Freud: o que pode tirar Narciso de seu êxtase autocontemplativo? A potência ativa de negar é nossa primeira resposta, pois somente depois dessa primeira identificação - tão problemática quanto misteriosa para o próprio Freud - é que será possível o desdobrar-se do complexo de Édipo, com toda a sua carga de reatividade ao medo de castração (Kastrationsangst). Triunfo de forças reativas, do negativo enquanto qualidade da vontade de potência (Wille zur Macht), triunfo do niilismo, isto é, do Nada e de suas manifestações.
*Tese apresentada ao Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, cujo tema diz respeito às Bases Filosóficas da Psicopatologia.
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