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April 12, 2017

HÁ LIMITES PARA A DESCRIÇÃO CIENTÍFICA DA REALIDADE?

Para tentar responder a essa questão acerca dos limites da descrição científica, comecemos recordando um mito muito familiar no Ocidente: o relato contido no Gênesis acerca do primeiro de todos os pecados:
Apesar da advertência de Deus de que o fruto da árvore da sabedoria não era para consumo humano, Eva não se absteve de comê-lo, e levou Adão a fazer o mesmo. Como conseqüência, ambos foram expulsos do Paraíso, e seus descendentes terão que pagar por aquela sua culpa, enquanto a humanidade existir sobre a Terra.
Muitos estudiosos de religião afirmam que esse mito não deve ser lido como alegoria, mas sim, compreendido literalmente. Aqui discordamos totalmente desse ponto de vista!
As realizações científicas de Kepler, Galileu e Newton (entre muitos outros) descartaram o núcleo da física de Aristóteles. Uma visão de mundo mecanicista surgiu a partir dessa revolução na ciência, levando mesmo a questionamentos sobre se o Homo sapiens ainda deve ser considerado a mais importante dentre todas as criaturas. Afinal, a Terra não está mais no centro do Universo, bem diferente disso, é apenas mais um pequeno planeta entre outros... 

No século XIX, Laplace teve até mesmo a ousadia de postular que toda a eternidade poderia ser detalhadamente conhecida, seja rumo ao passado, seja rumo ao futuro, caso pudéssemos capturar, em determinado instante, todos os estados e todas as leis do Universo. Para um bom entendedor, o que esse matemático quis mostrar foi que o ser humano, num Universo regido por rígidas leis mecânicas, poderia vir a tornar-se tão sábio e poderoso quanto o Deus criador. Bastante pretensioso, não? Muitos filósofos e cientistas do século XIX deram passos bem semelhantes a esses seus, levando ao florescimento do positivismo. A razão humana onipotente não encontraria obstáculo algum para seguir firme rumo ao saber absoluto. 
Algumas décadas depois, porém, as teorias da relatividade de Einstein puseram abaixo esse "castelo de cartas"!
Fato é que a melhor compreensão do mundo de qualquer tempo dado da história humana, com as teorias científicas então consideradas verdadeiras, sempre puderam, umas mais cedo, outras mais tarde, ser  ultrapassadas por interpretações novas e melhores dos dados da experiência. 
Bem, algum jovem estudioso pode estar perguntando: "E as geniais descobertas de Einstein, que até hoje mal podemos compreender, não serão imunes a alguma futura falsificação". 
Ora certamente que não são imunes a se tornarem ultrapassadas, respondemos com firmeza, assim invadindo o campo misterioso e fértil da metafísica***, da filosofia.
Respondemos, pois ao jovem:
"De jeito nenhum, meu rapaz! 
"Perca essa esperança, moça!"
"Pessoal, sua pergunta denota uma esperança bem ingênua!"

Talvez retruquem:

"Mas Albert Einstein foi um gênio extraordinário, um cérebro poderosíssimo, como nunca se viu, nem ouviu, nem leu!".
Tomando em conta a história da ciência, não é difícil perceber que nenhuma teoria pôde nem poderá jamais ser considerada definitiva. São todas provisórias, as melhores delas sempre devem estar à espera de um ou mais dados novos de observação que a neguem, a falsifiquem. Quando um suposto "cientista" tenta blindar suas teorias contra a possibilidade de refutação por novos dados, ele desistiu da ciência e se tornou um charlatão, um "vendedor de óleo de cobra". [Esteja ciente, jovem, de que existem muitos desses pseudo-cientistas!]
Por ser essencialmente provisório [evidência metafísica que surge no núcleo das próprias ciências empíricas], o conhecimento científico nos evidencia o significado bíblico de 'Fruto Proibido':
O conhecimento absoluto nunca será acessível a nenhum ser humano, pois apenas verdades relativas e provisórias podem chegar a nossa consciência.
Uma teoria científica refutável é o melhor "fruto que podemos digerir". O máximo grau de verdade acessível a nossa capacidade de conhecer. Ainda que cientes disto, nunca deixaremos de dar ouvidos ao blá-blá-blá da 'serpente' que tenta fazer-nos olhar para as teorias do  presente [da hora!] como "verdades definitivas" (ou seja, sugerir que 'comamos dos frutos proibidos') para nos tornar tão onipotentes quanto o Deus bíblico.

Quão ingênuo precisa ser alguém pra levar a sério as palavras dessa "serpente"!


***Nossa resposta envolve uma opção metafísica, pois se baseia em expectativa que só se comprovará com fatos futuros. Não podemos prová-la, apenas especular que nunca haverá teoria que esgote o mundo observado.

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