Para Freud, nada disso ! O conteúdo latente explica tudo: pulsões sexuais. Chapeuzinho deseja o lobo, que transa com a vovozinha ( se soubesse que a jovem estava chegando, o que poderia ter feito? ), mas na hora H o caçador muito bem dotado de arma potente, extermina o mal-intencionado lobo, e se regozija de alegria com (o) Chapéuzinho Vermelho.
Felizmente, para a civilização ser viável, e não terminarmos todos comidos por nossos próprios lobos-homens-canibais, há uma instância chamada SupraEu ( Superego, na tradução mais corrente...), que 'castra' os desordeiros(as) antes que ajam, através da repressão ( Verdrängung ), e faz de nossas vidas, meros conteúdos MANIFESTOS, aparências, MÁSCARAS, por trás das quais só podemos encontrar infinitas outras máscaras...
Fica a pergunta: se não podemos atuar senão segundo máscaras, mais ou menos impostas por forças desconhecidas de nós mesmos, qual pode ser o critério a distinguir o real e o irreal.
Sobre qual dessas máscaras se fundamenta nosso conceito de realidade?
Leitmotiv da Tese de Doutoramento "Genealogia do Real ( Nietzsche e Freud )", junto ao Departamento de Filosofia da USP.

Republicaremos os textos mais significativos deste blog, sempre que possível.
ReplyDeleteTenho uma hipótese: Nossa máscara seria construída a partir do desejo do Outro( nossos primeiros amores) , assumindo o como sendo nosso, na expectativa de sermos aceitos e amados! Isso nos daria a ilusão de nos proteger do desamparo fundamental !! A mascara só começa a derreter qdo passamos a assumir o nosso desejo como desejo do Outro!
ReplyDeleteMuito interessante seu comentário, amiga. A questão que me ocorre ao lê-lo é se as máscaras são em número finito, ou se mesmo esse nosso Eu mais profundo, que emergeria após reconhecermos nosso 'desejo como desejo do outro' também não passa de mais outra máscara.
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