Subscribe in a reader

IDIOMAS, IDIOMS, LINGUE

ENGLISH, ITALIANO, PORTUGUÊS
Todas as postagens originais deste blog, com poucas exceções, podem ser lidas aqui, sem a necessidade de recorrer a tradutores automáticos, nesses idiomas acima.
Embora possam alguns dos textos não aparecer nas páginas iniciais, basta pesquisá-los aqui mesmo.

Tutti i post di questo blog, con poche eccezioni, potreste leggere qua nelle tre lingue su dette, senza bisogno di ricorrere a traduttori automatici (come il traduttore
di google). Sebbene possono non essere trovati nelle pagine iniziali, appariranno se ve le cercate.


Original posts on this blog, but for a few exceptions, may be found here in the three above mentioned idioms without need of any automatic translators. Whether not visible in the first pages, the "search this blog" tool will help you to find them easily.

December 6, 2025

Jung, Kant, Einstein: Spazio-Tempo e Sogni Premonitori


Carl Gustav Jung, il grande psichiatra svizzero. dissidente su punti importanti del pensiero psicoanalitico di Freud, ricorse alla fisica quantistica, così come alla relatività di Einstein, per comprendere alcuni fenomeni non tipici della percezione umana normale, sempre erano stati sfidati dai suoi contemporanei, compresi quelli di una potente avanguardia del movimento psicoanalitico.
Pertanto, riguardo ai sogni premonitori inconfutabili, per i quali l'ipotesi di Freud, secondo cui erano generati dal desiderio del sognatore, non aveva senso, Jung ragionò come segue, basandosi sulle sue letture di Kant:
Nella "Critica della ragion pura" viene dimostrato che siamo esseri capaci di percepire un qualsiasi oggetto esclusivamente nel TEMPO e nello SPAZIO, da cui si conclude che il nostro apparato sensoriale-percettivo imprime questa sua impronta indelebile di tempo e spazio "a priori", in antecipo, su qualsiasi stimolo esterno.
Da questa verità indiscutibile, Kant deduce che la nostra percezione sensoriale trasmette agli oggetti coordinate di tempo e spazio, e che non ci è dato sapere cosa sarebbe una cosa in sé, cioè senza questa "impronta" precedente.
Ne consegue che noi umani non saremo mai in grado di sapere cosa sia qualcosa al di fuori del Tempo e dello Spazio, cioè in sé, senza questa "impronta" spaziotemporale indelebile.
Jung sembra aver formulato la seguente ipotesi: forse i nostri sogni hanno accesso ad altre dimensioni dello spazio-tempo sconosciute al nostro sé cosciente, rendendo possibile un altro modo di percepire il mondo esterno, un altro modo di accedere all'Universo, attraverso il quale gli eventi futuri potessero raggiungere la nostra coscienza in modi sconosciuti.
Attraverso tali processi misteriosi, le premonizioni diventerebbero possibili ad alcune pocche menti specialmente dotate per questo.

November 28, 2025

O Sangue Puro das Elites Paulistas

         The Melting Pot, by L.A.

"Os paulistas são uma raça pura,
Não são melado, não são mistura!"
            [Canta o coro em cena sobre o bandeirante Amador Bueno, na peça Rei Momo (1972), de César Vieira]

Tive o privilégio de participar como ator na primeira montagem de 'Rei Momo', no grupo de teatro do CA XI de agosto, quando estudei por um ano na Faculdade de Direito da USP, Largo de São Francisco.
Mudei meu rumo acadêmico, e ingressei na Faculdade de Medicina da mesma universidade. Um belo dia, me peguei cantarolando esses versos fortemente sarcásticos, à toa, só porque a melodia me veio à mente, quase sem que eu percebesse.
Uma namorada, pessoa muito querida, ouviu e fez cara feia! Ela não percebera a intenção implícita de ridicularizar o racismo dos descendentes contemporâneos dos caboclos que compunham as bandeiras paulistas. Mudei de assunto. Explicar sarcasmo é sempre uma tolice! Esta lembrança remete ao tema título deste ensaio.

Como é sabido, de 1890 a 1960 chegaram a São Paulo milhões de imigrantes europeus, bem como de japoneses, além de um menor número vindo de outras partes do mundo. A cidade e o estado de São Paulo tiveram de acomodar, em poucas décadas, uma enorme  massa estrangeira de gente pobre, e sem emprego, muitos deles nutrindo fantasias de enriquecimento fácil. 
Os italianos eram os mais numerosos, logo chamados de 'carcamanos'. De Portugal vieram também multidões, mesmo sendo nação bem menos populosa que a Itália. Os que vinham do leste europeu, que fugiam das guerras infindáveis, eram chamados pejorativamente de 'bichos d’água'. O preconceito das elites da terra brotou forte, e logo se espalhou por toda a população. Exemplo é a palavra polaca, que virou sinônimo de prostituta, e como esse, outros apelativos depreciativos proliferaram. Diante da massa imigrante, que consideravam 'gentalha', as famílias paulistas, brasileiras já há séculos por aqui, apesar de se alegarem falsamente 'brancas', torciam o nariz quando alguém lhes perguntava de que terras distantes teriam vindo seus antepassados.
Conheci de muito perto uma pessoa dessas: se lhe perguntavam de qual país vieram seus antepassados, invariavelmente respondia: "nossa família só tem antepassados brasileiros!" Ao meu questionamento, apontando que ela necessariamente descendia de algum povo europeu, pois isso era uma evidência física, e que até mesmo seu sobrenome familiar típicamente ibérico comprovava, reiterou:
'Não, não! Só brasileiros!'.
Pasmo, insisti, estranhando muito que nem reconhecia a origem óbvia de seu próprio sobrenome. Depois de muito por em cheque o que dizia, pouco me importando se usava de chatice provocadora, saiu com essa:
"Bem, sim, uns primos meus fizeram uma pesquisa em cartórios, e parece que bem lá longe, a perder-se de vista no passado , há sangue espanhol.”
Fiquei pensando: “não, a Neusa não está delirando! Só não entendo por quê, sendo culta, inteligente e bem falante, sente necessidade de renegar suas origens de modo tão bizarro”.
Matutei, e a solução desse quebra-cabeças saltava aos olhos: o 'horror paulista a imigrantes' da primeira metade do século XX explicava a atitude de Neusa.
Estranhei muito, pois minha interlocutora, que era comunista de 'carteirinha', mostrava-se elitista, embora jamais pudesse admiti-lo.

Nem só Neusa me presenteou com seu elitismo xenófobo:
Há uns anos, estive sob os cuidados de uma profissional paramédica, bonita, loira, de uns 30 anos. Politicamente, seu palavrório político era o oposto do Neusa: de direita, precursora dos Bolsonaros. Disse-me algo como:“é evidente que a Europa e os Estados Unidos não podem tolerar essa invasão de imigrantes, têm de acabar com isso!” Era um ano eleitoral, e afirmava o grandiloquente slogan: 'minha bandeira não tem vermelho!', além de coisas quetais.
Até que, papo vai, papo vem, numa sessão lhe perguntei: “você descende de alemães, italianos, ou nórdicos?”
Repudiou-me a pergunta, e, altiva, respondeu:

“Não, não, nada disso! Só há brasileiros entre meus antepassados!”

Que ridículo absurdo! Suspeitei que havia por trás disso aquela mesma negação preconceituosa do óbvio, que ouvira de Neusa, anos atrás. Pouco me importando com parecer um chato, argumentei que, em vista de seus traços físicos, zero porcento ameríndios, ela descendia, sim, de europeus. Cheia de dedos, ela respondeu assim:
“Bem, sim, uns primos meus pesquisaram em cartórios, e parece que bem lá longe, a perder-de de vista no passado, há sangue espanhol.”
Como nada indica que essa loira e Neusa se tenham um dia se encontrado, menos ainda que possam ter qualquer parentesco, fui levado a supor que esse “sangue espanhol, lá bem longe no passado[com reforço idêntico na entonação desse longe]” deve ter sido ensaiado pelas famílias paulistas do início do século passado, e até mesmo inculcado e transmigido pras novas gerações. Pretendiam assim exorcizar a pecha de serem confundidos com 'portugas, carcamanos, mafiosos, polacos, bichos d’água, judeus, etc'.

November 27, 2025

Alarmante Invasão do Mar em Praia de Itanhaém

    Foto de 15 de novembro de 2024


Video, da mesma data e local.


Video captado em novembro de 2025, apenas 1 ano depois desse acima.

TODA  a faixa de areia das imagens acima, com uns 15 a 20m de largura, desapareceu, foi engolida pelo mar, numa extensão aproximada de 250m que vai da boca da barra da Laguna do Rio Itanhaém até a pracinha onde termina a Rua Cunha Moreira.

November 15, 2025

Jung, Kant, Einstein, and Premonitory Dreams

Carl Gustav Jung, the great Swiss psychiatrist who dissented from Freudian circle, resorted to quantum physics, as well as Einstein's relativity, to understand certain phenomena not catagorized as"normal" human perception, that his contemporary scientific mainstream, including the vanguard of the psychoanalytic movement, strongly discredited.
When faced with evident, irrefutable premonitory dreams, for which Freud's hypotheses on the subject made no sense, Jung based on Kant reasoned as follows:
In the 'Critique of Pure Reason', Kant has demonstrated that humans are only capable of perceiving anything exclusively in TIME and SPACE, from which he could infere that our sensory-perceptive apparatus imprints "a priori" spatial-temporal coordinates indelibly to any and all external stimuli reaching us.
From this standpoint it is not given to human beings to know what a thing would be in itself, without this prior "stamp". we can never know what anything is outside of Time and Space, meaning without this previous indelible spatiotemporal "stamp."
The following hypothesis seems to have come to Jung's mind: perhaps our dreams have access to other dimensions of space-time unknown to our conscious self, making possible another way of percieving the external world, another way of accessing the Universe, through which future events reach our consciousness in through unknown ways.
The following hypothesis seems to have come to Jung's mind: perhaps our dreams have access to other dimensions of space-time unknown to our conscious self, making possible another way of percieving the external world, another way of accessing the Universe, through which future events reach our consciousness in through unknown ways.
Through such unknown paths premonitions woud become accessible to some for such gifted minds.

November 7, 2025

Jung, Kant, Einstein e os Sonhos Premonitórios

Carl Gustav Jung, o grande psiquiatra suíço dissidente face ao pensamento psicanalitico de Freud, recorreu à física quântica, bem como à relatividade de Einstein pra compreender certos fenômenos não próprios à percepção humana "normal", sempre desacreditados por seus contemporâneos, inclusive os da então poderosa vanguarda do movimento psicanalítico. 
Assim, acerca de sonhos premonitórios irrefutáveis, para os quais a hipótese de Freud, que alegava serem gerados pelo desejo do sonhador, não fazia qualquer sentido, Jung fez o seguinte raciocínio embasado por suas leituras de Kant:
Na 'Crítica da Razão Pura', se demonstra que somos seres capazes de perceber um objeto qualquer unicamente no TEMPO e no ESPAÇO, do que se conclui que nosso aparato sensoperceptivo imprime uma marca indelével "a priori" a todo e qualquer estímulo externo.
Dessa verdade inquestionável, Kant infere que nossa percepção sensorial transmite objetos com coordenadas de tempo e de espaço, e que não é dado a nós conhecer o que seria uma coisa em si-mesma, isto é, sem esse "carimbo" prévio. 
Disso decorre que nós, humanos, não poderemos jamais saber o que é qualquer coisa fora do Tempo e do Espaço, isto é, em si mesma, sem esse indelével 'carimbo' têmporo-espacial.

Cabe aqui uma hipótese nossa, que parece bastante compatível com o pensamento de Jung: talvez nossos sonhos tenham acesso a outras dimensões do espaço-tempo desconhecidas por nosso Eu consciente, quem sabe tornando possível outra forma de apreensão do mundo exterior, outra via de acesso ao Uni/Multiverso, através da qual cheguem à nossa consciência eventos ainda futuros.
Daí
 as premonições se tornarem possíveis.

#Tempo como Ilusão Narrativa: um Devaneio #Ontológico

Foto por Adam Nieścioruk, de unplash.com
Muito pode ser lido nos livros de Física, de Filosofia, ou mesmo de várias religiões acerca da tentativa humana para captar a essência disso a que nomeamos de #TEMPO.Uma argumentação poderosa encontra-se na 'Estética Transcendental', primeira parte da 'Crítica da Razão Pura' de Immanuel Kant, um texto com força apodítica. Opino que a Teoria da Relatividade, assim como a Mecânica Quântica, sejam comprovações daquilo que o grande filósofo de Königsberg já havia racionalmente demonstrado: Tempo e Espaço, ainda que tão claramente percebidos como externos a nossas mentes, dão-se a priori a toda percepção, ou seja, são pré-condições impostas por nossa intuição a todo e qualquer dado passível de chegar-nos à consciência.
"Eppur si muove", Galileo Galilei entre dentes murmurou para os inquisidores que o obrigaram a calar-se por ter demonstrado que o Sol, a Lua e os demais astros não giram em torno da Terra, como rezava a 'verdade sagrada' há tantos e tantos séculos. Entretanto, ainda que nossa razão aceite os complexos e, para não especialistas até mesmo incompreensíveis, argumentos que dão Tempo e Espaço por marcas prévias indeléveis impostas por nosso sistema perceptivo a tudo que vem do exterior, alguma instância profunda de nós mesmos reage, resiste e mantém em si o pensamento: "'Eppur si muove' o tempo, mas que grande bobagem dizer o contrário!"
Sim, agora invocamos a frase de Galileo numa situação bem oposta àquela em que a usou, pois ele reagia à imposição de um apego irracional a uma conclusão de senso comum, milenar. Calava-se, pois, a razão que reagia diante da ameaça do obscurantismo irracional.
Portanto, ousamos inverter Galileo! Acabamos de desdizer um achado racional, corroborado com elegância e força por ciências empíricas, em nome de um grito intuitivo de senso comum. Pois, não obstante todas as teorias científicas, e todas as metafísicas, ao abrir os olhos constatamos que só existimos no tempo, somos totalmente dependentes dele, nele emergimos, e nele aguardamos até mesmo talvez o mais indesejado dos eventos, a morte certa por vir. Compreensivelmente, ficamos muito propensos a pensar que existe, sim, algo externo, apesar de tão misterioso, a que damos o nome de TEMPO, a permear por completo este nosso Universo/ Multiverso.
Como enfrentar esse paradoxo? Teríamos que recorrer à célebre (ir)racional frase de Gilles Deleuze, que declara que só o paradoxo pode esgotar a realidade da vida e do mundo?
Se 'realidade' do tempo é tão somente uma imposição inerente à condição humana, determinada por nossa sensopercepção, só a desrazão poderia vir em socorro de nossas certezas intuitivas? Ou devemos redefinir os conceitos de 'ilusão' e 'verdade'?

DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO
Dia desses, dei asas soltas à imaginação, e me ocorreu como num exercício de pensamento, uma analogia, talvez um jeito de contornar nossa imensa dificuldade pra aceitar que o TEMPO seja apenas uma imposição fictícia inerente a nossa capacidade de perceber qualquer coisa, e não um existente físico independente do observador.
Em meu devaneio, o Universo/Multiverso apareceu como um romance maravilhoso impresso em um livro imenso.
Seres humanos muito corajosos e dedicados podem tentar lê-los, e mesmo traduzi-los para não-iniciados. Não esqueçamos, porém, que ler, entender e decifrar, têm significados diferentes.
Viver a vida seria pra cada um de nós, algo como ler um determinado capítulo desse livro, algo que fazemos com os olhos absortos em suas páginas, desde o nascimento até a morte. E percebam que não compreenderíamos nada de seu conteúdo se tentássemos lê-lo em outra ordem. Algo que certamente aponta para a seta unidirecional do tempo, impossível sequer sonhar com a inversão de seu curso (ir do futuro para o passado).
Nada muda no interior deste romance, enquanto nascemos, vivemos e morremos.
Apesar de nossas percepções e ilusões temporais, o livro impresso e encadernado por Deus está sempre lá, imutável, impassível, imóvel. Eterno.



November 4, 2025

AFTERWORD to Aleph: Archeo-Antropological Speculation


In mankind's social dawn, languageidentity differences, and morals had to be born, but from what? Freud's answer, in ‘Totem and Taboo,’ is based on a reactive conception of man, whose starting point is feelings of guilt building up moral rules. Here, we attempt an alternative answer based on Nietzsche's concept of the innocence of becoming.