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May 19, 2024

#Dialética da Repressão Sexual

Foto de Joana Casapu, do portal unsplash.com

Se, no início, o capitalismo industrial aprimorava as formas de repressão sexual, hoje ele faz da suposta liberação geral sua mais poderosa arma. 
Tentemos refletir sobre este tema sob o prisma da dialética de Hegel: quando o senhor reprime sexualmente seu escravo, o desejo deste apenas se intensifica, como numa panela de pressão. Vai crescendo e remexe com toda a mente dele, não se deixa morrer assim, em absoluto! Nos mais fracos, essa pressão pode até destruir o indivíduo, mas nos mais fortes só fortalece a vontade de libertar-se, de fugir, de revoltar-se, organizar-se junto a seus pares e destruir a escravidão.
A lógica capitalista de dominação primeiro se valeu da repressão sexual, até dar-se conta do mau negócio que era qualquer batalha, sempre perdida, contra a força explosiva de Eros. Mudou sua tática de jogo.
"A moda agora é namorar pelado", versinho de canção bem brega de uns 15 anos atrás, lembro. A moda agora é "liberar geral", deixar o povo transar quanto quiser e do jeito que quiser e, se calhar, que haja 
filme pornô com muita foda a qualquer hora, pra todos pela internet. Quem não gosta?
Quem não se excita com ver pessoas transando,  mesmo que só em telinhas de celular, ou está doente, ou já morreu.
Nada de temer o indesejado, há mil maneiras de anticoncepção, 'mas se der azar, e se nem a pílula-do-dia-seguinte resolver o problema, pra quê proibir ainda o aborto neste mundo tão moderno?' são palavras de ordem da propalada libertação.
Essa suposta 'libertação' do 'liberou geral' é a banalização do sexo, o esvaziamento do sentido maior do desejo. 'Todo mundo pode transar do jeito que quiser, sem frescura, quando quiser, e ponto. A genitália é só sua, faça dela o que vocé quiser!
O modo mais fácil de se esvaziar o poder do desejo é tirar-lhe o valor, tornando sua 'satisfação' fácil e corriqueira.
Assim, banalizar a atividade sexual das masssas é a mais poderosa forma de subjugá-las, pois o que se atinge com o orgasmo transcende e muito o mero alívio fisiológico genital.

Se antes o desejo sexual reprimido estruturava a reação contra uma realidade de opressão, estruturava a revolta e a derrubada dos repressores, hoje a banalização do sexo enfraquece qualquer reação contra a aterrorizante dominação da vida privada pelas forças interessadas em apropriar-se dela, para transformar todo ser humano numa máquina escrava a mais, desprovida de identidade própria, de existência massificada e vazia de sentido.
O desejo sexual pertence à essência sagrada de um ser humano!
Esvaziá-lo é transformá-lo num ato fisiológico tão banal quanto urinar ou defecar. E se desnuda aí a
 essência niilista do oba-oba sexual: é a transformação do sagrado e divino desejo, em NADA!

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